Ria de Aveiro “um choro de dor”

Ria de Aveiro “um choro de dor”

Por descuido, neglicência ou incúria, todos os anos milhões e milhões de metros cúbicos de efluentes com matérias poluentes são lançados nas águas da Ria de Aveiro, com prejuízo para todo o ecossistema, mas com particular dano para a comunidade piscatória, que é tremendamente afetada pelos efeitos desta deformidade.
Em face da presença da bactéria Escherichia coli nas águas da Ria, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) determinou recentemente a proibição de capturas de bivalves numa extensa zona da laguna, comprometendo a atividade piscatória de largas dezenas de mariscadores.
A proibição determina a interdição das capturas de bivalves na RIAV1, aquela que é a maior e mais produtiva das quatro zonas de pesca da Ria de Aveiro e que se estende entre o espaço delimitado pela Ponte da Varela, no concelho da Murtosa, a norte, e a Barra de Aveiro, a sul.
Muitos destes problemas poderiam ser evitados se as estações de tratamento de efluentes domésticos e industriais fossem dimensionadas para as necessidades efetivas e se este fosse um assunto prioritário na agenda das autarquias e dos nossos decisores políticos.
Lamentavelmente, não tem sido! E o resultado vê-se e cheira-se um pouco por todo o lado. Enquanto a humanidade investe biliões para fazer uma viagem de 58 milhões de quilómetros e procurar água em Marte, nós por cá vamos estragando a nossa água e matando a riqueza que a natureza teimosamente faz questão de nos entregar.

O filme que aqui reproduzimos é um “Choro de Dor” que todos nós queremos se venha a transformar num “Grito de Esperança” em dias melhores, onde todos possamos viver em harmonia com o meio que herdamos e que temos obrigação de deixar melhor para os nossos filhos e nossos netos.

Para ver vídeo: https://fb.watch/4os5cJ6F4-/
Fonte: MARIA – Movimento de Amigos da Ria de Aveiro
Publicação facebook a 21.03.2021

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